Folia...

Que noite para dançar, sabes que sou uma máquina da dança
Com fogo nos ossos
E o doce sabor do querosene
Perco-me no eio da noite e não quero descer
Enfrentar a perda de coisa boa que encontrei

Na escuridão da noite ouço-te a chamar por mim
Com o mais duro de corações, ainda me sinto cheia de dor
Por isso bebo, fumo e pregunto se alguma vez estás por perto apesar de ter sido eu quem nos arruinou,
Vês que o tempo que partilhámos era precioso
Mas durante todo esse tempo sonhei com folia

Vou correr como uma rio junto à montanha
Com o vento nas minhas costas
Apenas reconhece que sempre foste tu quem me teve,
Mas o demónio em mim sempre foi melhor amigo desde o início...

Todo o tempo sonhei em folia...

Suicídio da solidão...

Já está na hora das sombras me chamarem
Dispo a minha mente e atrevo-te a seguí-lo
Pinta um retrato do meu mistério
Fecho os olhos e aqui estás comigo
Uma cara sem nome que penso ver
Sentada a observar as ondas que me rodeiam até elas desaparecerem
Um coração que juro conhecer é feita dos meus próprios dispositivos
Estarei errada?

O tempo que demorei
Rezo que não tenha sido desperdiçado
Será que já provei o meu pedaço de puro amor?

Noites sem dormir tu rastejas dentro de mim
Pinta as tuas sombras na respiração que partilhamos
Tiras mais do que apenas a minha sanidade
Tiras a minha razão de preocupar
Não precisarei de asas normais
O próprio céu me levará a ti
As coisas que sonho que posso fazer
Abrirei a lua por ti

O tempo que demorei
Rezo que não o tenha desperdiçado
Pronta e a espera de um coração que vale a pena quebrar
Mas eu me contentaria com um erro honesto, em nome de
Um puro amor

Aprecie a tristeza para amenizar a dor
Como eu faço, não olho, não toco, não faço nada
Apenas fico com a esperança que existe apenas tu

A terra que é o espaço entre nós,
Bani-lo-ei debaixo de mim... para chegar a ti
O teu amor inesperado fornece o suicídio da minha solidão..

Quem me dera saber...