Numa casa de vidro eu sento-me, uma senhora
escondida atrás de portas, tentando não julgar aqueles à minha volta
Sinto a sua alegria e encanto, e relembro-me da sensação do beijo do amor.
Envolto-me numa manta de emoções,
para afastar a dor de me sentir sozinha.
O meu exterior calmo já não suporta a tempestade de sentimentos,
e caem-me em cima pelos buracos no tecto.
Fujo e procuro o conforto e calor de uma lareira vizinha,
mas ha uma guerra de emoções que me perturbem e a paixão aumenta cada vez mais.
Ouço a Natureza e, enquanto procuro, descubro um caminho desconhecido,
Cheio de pássaros a cantar com o encanto de um novo dia.
Porém, sem forças, tropeço
Caio nas rochas e flutuo como destroços contra a cascata.
Correntes de emoções submergem-me e deseperadamente procuro algo em que me agarrar,
Inesperadamente, viro-me e encontro-te.
Com o toque das tuas mãos, devagarinho começo a sorrir
Apercebo-me que já tem passado algum tempo.
Respiro profundamente,
Já não estou a afogar... não estou.
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